Durante o primeiro dia da sexta semana e também primeiro do mês de Novembro visitamos Sedona, uma bonita cidade (apesar de turística) rodeada de montanhas rochosas em tons de vermelho e cheia de trilhos e caminhos destinados aos mais aventureiros. Poderíamos ficar lá semanas que não nos cansaríamos com tanto para fazer (sentimento que já tínhamos tido antes em alguns sítios cheios de coisas interessantes para se fazer). O tempo era escasso e optamos por percorrer o trilho Devils Bridge Trail. Apesar de ter estado bom tempo até então, as montanhas por onde o trilho passava estavam cercadas de nuvens escuras, o que sugeria que o tempo poderia piorar. O trilho demorava cerca de 3h30m e começava a ficar tarde para que o terminássemos ainda de dia. Empacotamos o material que poderia ser necessário e lá fomos! O caminho era bastante arenoso e muito bonito. Além disso, o tempo manteve-se agradável.
O Grand Canyon esperava-nos ainda nesse dia e por isso ainda percorremos várias milhas até lá chegar. Ainda nessa noite, mas já muito tarde, acampámos no Grand Canyon e tentámos dormir … Tentámos pois o frio era tanto que acho que nunca chegamos a consegui-lo na realidade. Depois de sobrevivermos a esta noite, estávamos cheias de energia para visitar o Grand Canyon. Começamos o dia por fazer uma caminhada no South Kaibab Trail até ao Ooh Aah Point. De seguida fomos até ao Yaki Point onde para além da vista pudemos assistir a uma palestra acerca dos pássaros do parque. Depois percorremos um pouco do “Trail of Time” até próximo da hora do pôr-do-sol, que fomos assistir ao Hopi Point. À noite ainda tivemos energia (só a Susana, porque a Laura dormiu a maior parte do tempo) para participar numa apresentação acerca do parque.
O frio voltava a preparar-nos uma partida para esta noite mas numa dimensão ainda maior (nem a manta de sobrevivência nos “safou”). Mais tarde soubemos que estiveram 17ºF, ou seja, cerca de -8,5ºC. No dia seguinte o nosso rumo levava-nos para este, dirigiamo-nos para Page (Arizona), a fim de ver o Horseshoe Bend. O caminho foi planeado através de uma bonita rota onde pudemos contemplar algumas vistas a caminho da saída este do Grand Canyon e, de seguida, as vistas do Painted Desert.
Chegamos a Page pouco antes do pôr-do-sol e por isso voltamos ao Horseshoe Bend no dia seguinte de manhã. Depois de fazer uma paragem no Lake Powell, partimos para o Zion National Park (Utah) e vimos lá o pôr-do-sol depois de montar a tenda.
Tivemos um dia inteiro para aproveitar este parque. Percorremos o famoso trilho “Angel’s Landing Trail” e sobrevivemos 🙂
“I hiked, climbed, crawled
nearly passed out and
barely made it to the top
of Angel’s Landing.”
No final da tarde cada uma de nós escolheu um trilho para fazer sozinha. Depois do pôr-do-sol fomos dar uma volta por Springdale, uma vila mesmo à porta do parque.
No dia seguinte fizemos o trilho Canyon Overlook Trail e partimos rumo ao Bryce Canyon National Park. Para lá chegar percorremos um pouco da tão conhecida (pelas lindas paisagens) Highway 12.
Quando chegamos ficamos logo fascinadas e percorremos “de rajada” quatro pontos no parque (Sunrise, Sunset, Bryce e Inspiration Point) durante o pôr-do-sol. Decidimos voltar no dia seguinte bem cedo para assistir ao nascer do sol!
Entretanto a lua apareceu por trás das montanhas e surpreendeu-nos pois estava enorme, amarela e completamente cheia. Nessa noite havia uma caminhada noturna programada pelo parque (por ser noite lua cheia) e chegamos a participar durante uma parte.
À noite mais uma vez o frio mostrou-se rigoroso e depois de uma hora na tenda, resolvemos ir dormir para o carro. Lá estava na mesma muito frio mas pelo menos não o sentíamos a sair do chão e invadir-nos pelas costas. No dia seguinte não foi muito difícil acordar para ver o bonito nascer-do-sol e o seu impacto nas cores do Bryce Canyon. O “pôr-da-lua”, que estava a decorrer na mesma altura, não lhe ficou nada atrás e surpreendeu bastante!
Prontas para mais uma caminhada (que desta vez foi bastante pesada – muitas milhas e muito calor), enfrentámos o Peekaboo Loop e o Navajo Loop.
Nesse dia ainda embarcamos novamente nas ondas da Highway 12 e dirigimos através de uma paisagem incrível rumo a Escalante. A noite deste dia em Escalante contou com uma surpresa, levaram-nos a visitar o Devil’s Garden durante a noite, o que se revelou numa experiencia íncrivel. Todas aquelas formações rochosas gigantes que naquela zona magicamente se encontram foram por nós exploradas, subimos, descemos, escalamos, saltamos e por momentos ficamos maravilhadas com o que estavamos a viver apenas iluminadas pela luz da lua. Para lá ir ter enfrentamos uma rua escura de terra batida (Hole in the Rock Road) e voamos através das suas grandes crateras. Não há fotos para mostrar mas as recordações não vão ser fáceis de esquecer 🙂